quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

A VERDADE DAS MÃOS

A VERDADE DAS MÃOS


Com as mãos lidei a vida inteira
Mas só hoje eu as tento analisar
Acho que encontrei uma maneira
Rimando vou assim me expressar
A minha convicção é verdadeira
Nessa tão nobre arte de poetizar...

 

Há mãos que estão aplaudindo
E mãos de carrascos acoitando
Tem sempre mãos construindo
Enquanto outras vão assaltando
Vejo mãos estendidas pedindo
E muito poucas mãos doando!


Tem as mãos que salvam vidas
E também mãos que maltratam
Mãos postas em preces sentidas
Pedindo os milagres que faltam
Tem mãos covardes dos suicidas
Que por fatalidades se matam!

Existem inúmeras mãos sadias...
Mas há também mãos deficientes

Há Mãos que promovem alegrias
Tem mãos que causam acidentes
Há mãos hábeis lá nas padarias
Fazendo pães e doces excelentes!


Existem mãos frias e já cruzadas,
São mãos de alguém que morreu
Mãos de ginecologistas preparadas
Para acolherem o feto que nasceu
Existem também mãos desgraçadas
De quem mais um aborto cometeu!


As crianças têm mãos inocentes
Que buscam amor e dão carinhos
As mãos safadas dos adolescentes
Que buscam pelo prazer sozinhos...
Tem mãos no escuro irreverentes
Que tateiam por outros caminhos!
 

Existem as mãos já consagradas
São mãos do papa e do reverendo
As mãos de pessoas embriagadas
Seguram o copo que estão bebendo
E as mãos de coveiros abençoadas
Que sepultam os que vão morrendo!

Mas as mãos de médicos cirurgiões,
Dependem das mãos de anestesistas
Mãos de gigantes e mãos de anões

No circo tem as mãos de trapezistas
E as mãos dos palhaços trapalhões
São mãos alegres, mãos de artistas!

Tem mãos de mecânicos, carpinteiros
Mãos de outros profissionais liberais
Na música tem mãos nos pandeiros
Determinando os compassos musicais
Mas as mãos de nossos bons violeiros
Fazem muitos corações baterem mais...

Mãos que vivem em nossa memória
Todas elas mereceram consagração
Princesa Isabel alcançou sua glória
Assinando a Lei Áurea da Abolição
Chico Xavier entrou para a história
Usando uma caneta em cada mão!

Mãos de marinheiros e de aviadores
Mãos de músicos, mãos de motoristas
Mãos de cozinheiras e de pescadores
Mãos de goleiros e mãos de ciclistas
Mãos de políticos, mãos de eleitores,
Mãos negras, brancas e mãos racistas!

É impossível de todas as mãos falar
Mãos são instrumentos para dirigir
As mãos de mãe servem para afagar
Enquanto embalam o filho a dormir
As mãos do poeta existem pra rimar
Amor e paz, as esperanças do porvir!
 

Mãos caridosas com carinho acolhem
Abrigando os seres mais necessitados
Mãos dos juizes assinam e escolhem
Penas para os inocentes ou culpados
Mas são mãos laboriosas que colhem
Todos alimentos no chão semeados!

Mãos de professores só ensinam a ler
Mãos de alunos copiam com atenção
Mãos que mostram o caminho do saber
Mãos folheando com amor cada lição
Mãos portadoras do segredo de vencer
E mãos que serão o futuro desta nação!

Mãos de cegos pressentem os perigos
Tateando percebem obstáculos à frente
Surdos-mudos vêem nos sinais amigos
A chance de conversarem com a gente
Mas são as mãos dos terríveis inimigos
Que ceifam vidas de pessoas de repente!
 

Mãos de Deus criaram com puro barro
O homem, a sua mais perfeita criação
Com cimento, o mestre Adélio Sarro
Cria muitas esculturas com dedicação
Mãos criativas que aqui também narro
E em rimas expresso a minha gratidão!
 

Mãos, são desde a criação desse mundo
Ferramentas para fazerem o bem ou mal
Deus criou tudo com seu amor profundo
Mas a humanidade tornou-se desigual...
Mãos que semeiam um amor fecundo
São mãos que querem a paz universal!
 

Terminando esse meu poema das mãos
Não posso daquelas mãos me esquecer
Mãos perfuradas que curaram os pagãos
Daquele que muito sofreu sem merecer
As mãos santas, de quem nos fez irmãos
E que por nós, foi condenado a morrer!


Autor: Mauro Máximo da Silva
membro da ALIANDRA 
aliança dos literatos de Andradina


Homenagem a todos que usam as mãos para praticarem o bem e combaterem o mal.











                                                                                                  

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Obrigado meu pai

        Obrigado meu pai 


Hoje eu venho, com profunda  emoção
Expressar em rimas, a minha gratidão
A quem tanto me deu, sem pedir nada
E que me ajudou a vir pra esse mundo
Criou-me com respeito e amor profundo
É você meu pai, essa pessoa abençoada!

Você sempre me educou com muito jeito
Se tornando para mim, um herói perfeito
Até mesmo quando me punha de castigo
E pra eu andar sempre de cabeça erguida
Pediu-me para ser honesto em toda a vida..
E por tudo isso eu lhe agradeço, pai amigo!

Você provou com as virtudes e dignidade
Que ser pai é sinônimo de amor e bondade
É o dom maior que o homem pode merecer
Ser pai, para muitos homens já é vitória...
Mas um pai como você, é a maior glória
Que um filho neste mundo sonhou ter!!!

Hoje valorizo seu trabalho e sofrimento
Porque agora eu faço parte deste evento
Tornei-me pai, eu recebi esta dádiva sim
Os filhos, criarei,seguindo o seu conselho
Porque pretendo tê-lo sempre como espelho
          Vou irrigar, o que você plantou pra mim...

Ontem eu fui uma inocente e feliz criança
E você me deu apoio, carinho e confiança
Desempenhando com perfeição o seu papel
E sem jamais me ocultar quaisquer segredos
Permitiu-me ter infância e até brinquedos
Sendo para mim o mais gentil Papai Noel!

Hoje, comemorando o nosso merecido dia
Que aceite esses meus versos, eu gostaria
Porque através deles, minha exaltação vai
Deus o levou, não posso mais abraçá-lo
E é por isso, que entre lágrimas lhe falo
Descanse em paz e “Obrigado meu Pai”


                 Autor: Mauro Máximo da Silva
Membro da “ALIANDRA” Aliança dos Literatos de Andradina/SP

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

AMIGO...


           Amigo 

  Dedicado ao grande amigo 
Durval Zacarias de Oliveira


Amigo é aquele que nos conforta;
É quem nos abre sempre a porta,
Quando estamos mais precisando
Tem o abraço que nos fortalece...
É aquele que seu ombro oferece,
Quando estamos tristes, chorando!


Um amigo cheio de tanta nobreza


Se tornou a minha maior riqueza
E só hoje posso entender por quê
Pra fazer parte da minha história
Deus me deu a honra e a glória...
Foi ele quem me escolheu, você!

                                                                            

É o anjo que Deus nos enviou

Que nossos segredos, guardou

E que nos acompanha no mundo

Sempre com o seu sorriso aberto

O amigo está sempre por perto...

Com amor sincero e profundo!


Amigo é quem possui tudo isso
Pois amar é o seu compromisso
Oferecendo sempre sua lealdade
É nosso ancoradouro verdadeiro
Nosso grande e fiel companheiro
Um enorme tesouro na verdade!
   

  Essas rimas exprimem gratidão
  Foram ditadas pelo meu coração
  Pra você, que é o amigo perfeito
  A jóia muito rara e mais preciosa
  Uma fortuna esplêndida e valiosa
  Que guardo dentro do meu peito!

  Um amigo cheio de tanta nobreza
  Se tornou a minha maior riqueza
  E só hoje posso entender por quê
  Pra fazer parte da minha história
  Deus me deu a honra e a glória...
  Foi ele quem me escolheu, você!



             Autor: Mauro Máximo da Silva
Membro da Aliança dos Literatos de Andradina


terça-feira, 18 de setembro de 2012

A VERDADEIRA AMIZADE


     A VERDADEIRA AMIZADE

 Dos defeitos que abomino no homem
Os piores são a hipocrisia e ingratidão 
Vícios que as boas virtudes destroem
E geram uma grande falta de afeição!

Eu enalteço a franqueza e a lealdade
Úteis para qualquer relacionamento
Porém quem não possui a humildade
É egoísta que desconhece sentimento!

A traição é fruto do grande desamor,
E fez até Deus ir parar em uma cruz
Para morrer sem ter sido um pecador!

Amizade a gente irriga a vida inteira
Com carinho e respeito, então produz...
Jamais morrerá quando é verdadeira!


          Mauro Máximo da Silva
Membro da Aliança dos Literatos de Andradina
                           02/06/2012


Condeno todo egoísmo e ingratidão
E também a hipocrisia e a falsidade
Quem possui essa virtude do perdão
Vive bem e não perde a humildade
O egoísta?, jamais vou querer então
Ver desfrutando da minha amizade!

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

A SAGA DO FILHO TREZE

A SAGA DO “FILHO TREZE”
         ( autobiografia)
                     I
Nesse cordel, caros leitores,
Do número treze eu vou falar
Provando que ele representa
Para algumas pessoas o azar
Eu sou o décimo terceiro filho
E quero assim me apresentar
Não conheci nem meus avós...
Pois demorei muito a chegar!
                    II
Meu pai treze anos mais velho
Quando com  mamãe se casou
E já possuía três outras filhas
Com a esposa que Deus levou
Com mamãe vieram outros dez
Com esse caçula que chegou
Pra completar a grande prole
E honrar o nome que herdou!
                  III
Tenho dois emes no meu nome
Mas isso não mudou os planos
Sou mais velho que a esposa
Também por mais treze anos
O número da minha residência
Não me causou quaisquer danos
Quatrocentos e dezoito somados
Dá treze, sem cometer enganos!
                     IV
Quando eu nasci nesse mundo
De enxoval eu não tinha nada
Usei as toucas de uma boneca
E minha roupa era emprestada
Acho até que eu vim a mais...
Foi surpresa a minha chegada
Mas ser filho dos meus pais
É orgulho e muito me agrada!
                       V
A minha vida foi muito difícil
Fui um garoto franzino e doente
Entrei pra escola só aos 9 anos
Fui teimoso e até persistente
E conclui o quarto ano escolar
Esse foi um grandioso presente
Dentre os que papai pôde me dar
Além desse seu caráter decente!
                     VI
Pra conquistar esse meu espaço
Eu não tive nenhuma facilidade
E sendo último e número treze
Fui órfão aos 12 anos de idade
Sem papai e um irmão mais novo
Tive que enfrentar a maldade!
Fui até vítima de abuso sexual
Porém, não perdi a dignidade!
                  VII
Perdi infância e adolescência
Para trabalhar como bóia fria,
Eu e a mamãe lutamos juntos,
Na busca do pão de cada dia
Enfrentávamos as madrugadas
Só miséria à nossa porta batia,
Era muito difícil nossa rotina
Por isso estudar eu não podia!
                  VIII
Para mim jamais houve moleza
Eu fui sempre muito dedicado
Tendo que me abdicar da escola
Este sonho ficou então adiado
Mas encontrei a porta aberta
Na casa do Biroli meu cunhado
Que nos acolheu com o carinho
De homem bom e predestinado...
                  IX
Hoje com todo orgulho e alegria
Eu sou um homem quase vencedor
Porque a tão sonhada felicidade
Dela eu não fui um conquistador
Construí meu lar e uma família
E também sou poeta e escritor,
Espero que me faça o bom Deus
Ser do céu, um dia merecedor!
                    X
Foram poucas as oportunidades
Mas as chances que tive agarrei
Eu não pude,porém nem escolher,
Todos esses caminhos que trilhei
E dos vícios que adquiri na vida
De quase todos eu já me livrei!
Carrego uma cruz mais pesada
Por erros que eu não pratiquei!
                     XI
Transformei-me até em papai Noel
Para alimentar muitas esperanças,
E nesse pequeno gesto de nobreza
Apago as minhas tristes lembranças
Sem esquecer a infância de pobreza
Onde fui alvo de muitas cobranças
Preparo-me durante o ano inteiro,
Para fazer a alegria das crianças!
                     XII
Procuro ser alegre com as pessoas
Sem demonstrar o que sou na vida
Gosto de escrever belas mensagens
Pra esconder a minha alma sofrida
Da morte jamais irei sentir medo
Porque só ando de cabeça erguida
E não tenho nenhum outro segredo
Para minha história não ser lida!
                   XIII
Nestes anos conquistei coisas boas,
Por outras lutei e não pude conseguir...
Nada me amedronta mais no mundo
E nem tira esse meu direito de sorrir
Só a falta de lealdade e uma traição
Que podem minha amizade destruir!
Com treze estrofes termino o cordel
E espero ainda, treze amigos possuir!

Autor: Mauro Máximo da Silva

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Onde encontrar a Paz?

ONDE ENCONTRAR A PAZ ?

Onde encontrar a Paz ?
É pergunta que você faz
Vendo a sua liberdade fugir
Diante de tanta violência
Que cresce com veemência
E faz o amor sucumbir!

Onde encontrar a Paz ?
É pergunta que seu filho faz
Quando sai para estudar
Sabendo que numa ação policial
Uma bala perdida é fatal
E pode a sua vida ceifar!

Onde encontrar a Paz ?
É pergunta que também faz
A pobre criança abandonada
Que não pediu para nascer
E que sonha algum dia ter
Um lar e uma família honrada!

Onde encontrar a Paz ?
É pergunta que a humanidade faz
Temendo o horror de outra guerra
Mas Deus é a única esperança
Só ele pode semear a bonança
E a harmonia no planeta terra!

Onde encontrar a Paz ?
Há dois mil anos atrás
Ele próprio nos ensinou
Antes de morrer numa cruz
O Mestre nazareno Jesus
A sua paz nos deixou...

Onde encontrar a Paz ?
Descubra, você também é capaz
Consultando o seu coração
A paz está na caridade,
No amor, na fraternidade,
E no gesto nobre de perdão!


autor: Mauro Máximo da Silva - Membro da “ALIANDRA”

ALINAÇA DOS LITERATOS DE ANDRADINA - SP