sábado, 24 de dezembro de 2011

Tapera

Casa que hoje chamam de tapera!
Que no passado tão distante era...
Refúgio acolhedor do Valdemar!
Lar de dedicados trabalhadores...
Fruto de seus esforços e suores,
A conquista por tanto batalhar!

Essa casa também foi meu abrigo,
Ali tive cunhado, pai e um amigo,
Para aliviar toda a minha aflição.
Deu-me tudo, até a oportunidade!
De não morrer de fome na cidade,
Foi aqui onde encontrei a solução...

Aqui tive tudo, e nada me faltou...
Até irmãos essa vida me ofertou,
Sobrinhos que tanto me ajudaram.                                             TAPERA
Tolerando-me com toda paciência,
Fizeram feliz a minha adolescência,
Por isso na minha história entraram!

Hoje essa casa, já quase abandonada...
É o reflexo de uma batalha inacabada
De lutas, de trabalho e muito amor.
Porque aquele que deu por ela a vida.
Já partiu, por isso a vejo entristecida,
Essa tapera não tem mais seu morador!

Acabou, o verdadeiro reino encantado,
A roça perdeu o seu intrépido soldado,
Deixando pra nós uma saudade infinda.
Mas para mim essa tapera é abençoada,
A sua história em versos foi eternizada.
Ela está aí, pra quem quiser vê-la ainda!


Naquela estrada todo aquele que passar,
Irá lembrar-se que aí morou o Valdemar,
Homem bravo, mas de coração imenso...
Um herói, que fez do trabalho, a sua vida.
Para quem essa homenagem é merecida.
Vendo essa casa é nele que ainda penso!


Homenagem do autor: Mauro Máximo da Silva

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